Conheça a história do empreendedor que ganha milhões vendendo flores na internet

Close up of businessman's hands touching digital tabletClóvis Souza migrou para a internet com a ideia de manter um catálogo, mas viu crescimento na demanda e iniciou vendas

O ato de presentear uma pessoa especial com flores ainda não saiu de moda. Para o empresário Clóvis Souza, aliás, o passar dos anos teve justamente o efeito contrário. Percebendo o surgimento das novas tecnologias, há 15 anos ele migrou sua floricultura para a internet e, no ano passado, o e-commerce Giuliana Flores realizou mais de 240 mil vendas.

Souza deu início ao próprio negócio quando tinha 20 anos, mas com a metade dessa idade já trabalhava com flores. O primeiro emprego foi numa floricultura instalada na parte de baixo do sobrado em que morava com a família, no bairro da Mooca, na zona leste de São Paulo. “Eu estudava de manhã e durante a tarde ficava brincando. Na época o local estava precisando de um florista, então minha mãe perguntou se podia encaixar aquela vaga para mim”, conta o empreendedor, que permaneceu na loja até os 16 anos e saiu de lá como um profissional do setor.

A experiência adquirida com o tempo de trabalho permitiu que Souza continuasse no ramo, mas com uma ocupação diferente. Ele passou a atuar como freelancer, executando arranjos semanais para quatro floriculturas diferentes. Como estes serviços pontuais lhe rendiam um bom salário e uma vida confortável, a ideia de abrir uma empresa nem passava pela cabeça de Souza. A história tomou um rumo diferente apenas quando uma simples ocasião do dia a dia fez seu espírito empreendedor acordar. “Tinha 19 para 20 anos. Estava de folga e vi uma placa de ‘aluga-se’. Estava vendo um monte de carro passando e imaginei que daria pra fazer uma floricultura naquela lugar”, explica.

Com a ajuda da sogra, Souza alugou o espaço e deu início à operação da Giuliana Flores, em 1990. O nome do estabelecimento foi emprestado da namorada, simplesmente porque o empresário achava “bonito e diferente” (e também porque não tinha uma ideia na cabeça quando foi ao contador).

O local escolhido pelo empreendedor para inaugurar sua loja era curioso, mas também desafiador: “Foi bem engraçado porque, em São Caetano, tinha duas floriculturas. Eu montei no meio delas, então tive que fazer algo diferente”. Apesar de confiar em seu talento na execução de arranjos para conseguir resultados satisfatórios logo no início, o medo de não conseguir arcar com o aluguel fez Souza optar por não abandonar de vez a carreira de freelancer. Durante os primeiros meses, seguiu fazendo serviços externos enquanto sua namorada cuidava da loja.

A manobra arriscada deu certo. Já nos primeiros passos, a Giuliana Flores conseguiu fidelizar clientes e garantir um ótimo rendimento. Detalhe importante é que o relacionamento entre o empreendedor e Giuliana acabou por terminar quatro anos após a inauguração, e Souza logo tratou de patentear o nome. Apesar disso, não houve qualquer tipo de problema e os ex-namorados são amigos até hoje.

Da calçada para o site

A grande virada na carreira de Souza, no entanto, começou no ano 2000. Foi nesse ano que houve a migração da loja para o comércio eletrônico. Como a internet ainda dava os primeiros passos no Brasil, a ideia era apenas criar um catálogo virtual, para que as pessoas pudessem ver os códigos dos arranjos antecipadamente. Ao perceber que a demanda por meios online crescia, o empreendedor imaginou que aquele seria “o negócio do futuro” e passou a investir na ideia. “O mais difícil foi trazer tráfego para dentro do site. Tive que aprender com o próprio produto, pois não tinha em quem me espelhar”, diz.

Atualmente, a Giuliana Flores ainda conta com duas lojas físicas, mas os resultados do comércio virtual são esmagadores: 95% do faturamento da empresa vem do e-commerce. Grande parte de todo este sucesso acontece devido aos “produtos verticais” disponibilizados aos clientes. Além dos arranjos, a Giuliana Flores vende vinhos, pelúcias, semijoias e chocolates.

As entregas também são um ponto forte da empresa. Ao realizar uma compra, o consumidor pode escolher entre receber no dia seguinte ou em até três horas. Caso a opção seja pelo recebimento mais rápido, a Giuliana Flores aciona seu parceiro mais próximo para executar o trabalho. Souza garante que todas as floriculturas parceiras são cadastradas e possuem uma ficha técnica que atesta a qualidade dos produtos.

Com este modelo de negócios, Souza tem projeções otimistas para 2016. O empresário espera aumentar em 20% o número de vendas realizadas no ano passado e continuar presente em momentos importantes da vida de seus clientes.

 

Fonte: economia.ig.com.br

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